quinta-feira, 14 de junho de 2012

Sensibilidade

A sensibilidade demasiada é algo tão singelo, não deveria existir nestes dias... Não nas pessoas.
É como um cristal em mão brutas, desentendidas, e prestes á deixá-lo resvalar ao chão.
Riscos correm criaturas sensíveis com frequência ao caminhar, dialogar ou expor pensamentos, ferimentos constantemente trazem e cicatrizes incontáveis.
Preferem, quando não entretidas em sua inocência momentânea, o silêncio e a busca por criaturas tão transparentes quanto. Quase sempre permanecem reflexivas, temendo mais um desalento.
Todavia, a reflexão não os protege de um sobressalto, e este não os poupa de mais cicatrizes...
Então que pudessem refugiar-se longe daqui, em um lugar ameno, livre da sagacidade que os rodeia como leões suas presas.
Onde as palavras são singelas como eles, e as mãos que os carregam, floculadas feito nuvens...
Onde as palavras que ouvíssem fossem as que comumente dissessem com seus sorrisos e semblante honesto, e pudessem sem medo de fitar os olhos de todos, crendo, não trazer destes mais cicatrizes em sua alma...
Um sonho? O Paraíso? Delírio? Não se sabe... Apenas se afirma, que apenas nesta forma de espaço, é viável criaturas de demasiada sensibilidade, se sentirem em casa...

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