Mendigos, mendicantes, pedintes...Pobres criaturas? Não...Não vejo assim, mas as vejo dessa forma:
Há beleza na mais pobre criatura, eu sei.
Há interessantes contos na boca mais simples, eu ouvi.
Há resistência tamanha contra a violência dos ricos, compartilhei.
Há esperança mesmo não lhe sendo proposta, á possuo.
Há amor nas entranhas daquele que nada teve á oferecer, em mim há.
Há sabores nos pratos ralos das ruas, confirmo.
Há um frio diferente no relento sem teto, presenciei.
Há temor sem que possa nada fazer, tentei minimizar inúmeros.
Há calor nas mãos ásperas daquele que nos teme, ás curei.
Há saudade no peito solitário dos imundos, me contaram.
E sobretudo, há dignidade, que talvez colhem pelas ruas enquanto muitos que não mendigam, as jogam pelas costas.
Fazem para si uma cesta pesada, de histórias e lembranças, vivem á mercê de mim, de ti, de todos...E ainda são ditos como indignos de respeito ou admiração.
Não, não os denoto pobres criaturas, pobres somos nós, que não temos a capacidade de ver o que vêem, de possuir tal valentia diante das circunstâncias que o envolvem.
Os denoto como aguerridas criaturas, que jamais seríamos sequer capazes de atingir sua audácia, e sobretudo humildade.
domingo, 10 de junho de 2012
Colhedores de Dignidade...
Escritora, docente e biomédica.
Sou escritora desde os 8 anos, sempre pesquisando e buscando fontes confiáveis para produção de minhas obras.
Em 2005 dei início à minha carreira docente, qual sofreu término em 2017. Lecionei neste período em ensino fundamental, médio e superior na área da Saúde. Atualmente, dedico-me à Literatura e Blogs que sustento, dentre eles: "Diário da Alma/ Por Tereza Reche e "Ordem e Progresso Sempre".
Sou espiritualista, pisciana e Bolsonariana resolvida!
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