quarta-feira, 25 de abril de 2018


Quando Almas Gêmeas não se encontram



Num universo onde sua voz foi a essência de algo acima do físico, do concreto.
Onde minha inocência derretia-se por trás da "linha"
Pudesse nós imaginar que estávamos no fim dela!Seríamos rápidos, contra o tempo, contra o fim...
Os meus olhos estão quase fechando diante da turgidez da minha dor.... Que dor!
Lacerante por décadas, imaginava eu que ela seria dissipada.
Sonhei que dela me esqueceria... Mas não.
Sonhei que me apaixonaria... Me apaixonei, muitas vezes. 
Mas nada foi permanente, não diante da pequena parte que consegui guardar de você.
Hoje, décadas depois sei a dimensão do amor que existiria... E é assustador! Pois é de uma magnitude inexprimível.
Hoje, a beira de três décadas do dia em que nos perdemos , sem sequer termos tido a chance de nos achar, descobri que sentimentos assim não terminam.
Se camuflam, se condenam, se enganam, mas não tem fim.
Estou com os ossos, com os músculos e o pensamento cansados.
Me desespero a ponto de me enfraquecer, imaginar que Kardec possa ter se enganado, que não há você depois do meu véu!
Mas algo em mim insiste em cultivar visões, onde você ano a ano, enquanto nesse charco denso tenho tentado sem sucesso satisfazer-me... Constrói uma realidade pacífica e amena para nós.
Dando-nos a oportunidade de ao menos uma vez, cruzarmos o olhar que nunca avistamos.
Hoje estou e ando sozinha, minha alma adormece, e sempre sinto-me acalentada pela sua, como sempre haveria e haverá de ser...

in memorian de Sérgio Biela - Fevereiro de 1989




terça-feira, 20 de setembro de 2016

Fragmentos 

PACTOS CÓSMICOS



 [...] 
-Quando souber, lerá coisas que sequer poderia imaginar. Por hora, sossegue seu espírito, e aprenda o que sem pudor e falsas histórias lhe passo. Creio numa grande missão nessa Terra. Uma missão de despertamento, de trazer à luz a Verdade. E não estou só nessa Missão, acredite nisso.
- Que missão?
- Algo profuso, um emaranhado de informações e respostas. Como se cada um de nós tivéssemos uma porção de entendimento, e essa porção junto a outra, e a outra, e mais outra formasse a Verdade.
- Quem te diz essas coisas padre Bruys?
- Eu não sei explicar filho, mas são coisas que estão claras diante de mim, e não consigo compreender como muitos não as enxergam.
- O senhor é muito misterioso.  – riu o rapaz voltando a caminhar sendo seguido pelo padre.
Já ao anoitecer, finalmente chegaram ao destino. Uma pequena cidadela chamada Bizanet. Um senhor já muito idoso seguido de uma moça, aparentando uns 17 anos os aguardava. Era Alícia, uma menina estranha aos vizinhos. Silenciosa e introspectiva, apenas procurava fazer seus deveres, evitando que de si eclodisse tantos mistérios que os demais buscavam descobrir. O idoso era Beni, um adepto do paulicianismo, doutrina que mesmo sendo em certos pontos diferente dos ideais de Bruys, muito haviam em comum. Ele entregou por instantes seu cajado para a neta Alícia e abraçou o jovem padre e seu companheiro de forma amistosa, como era comum fazer.
- Sejam bem vindos, homens da fé! Entrem e jantem conosco.
- Estou de jejum caro homem, mas o rapaz precisa de alimento. Já é desnutrido o bastante. – riu Pedro deixando Andrey entrar primeiro. O rapaz cumprimentou Alícia que silente baixou a fronte sequer respondendo a ele. Já os quatro reunidos à mesa, a conversa tomava conta do recinto. Pedro, sempre ansioso desejava expor seus ideais quase impedindo imperceptivelmente os outros de opinarem em algum instante:
- É o que eu tento descrever. Essas visões, do correto e do inviável! Vejam comigo se estou sendo coerente. O batismo que foi imposto pelo nosso Senhor. Batismo significa “arrepender-se dos pecados cometidos”. Logo, após cometido pecados conscientes devemos nos “arrepender”... Que sentido há em uma criança ser batizada ao nascer, haja vista que jamais conheceu ou teve consciência de seu pecado?
- Ela é destituída de um erro que nunca cometeu.
- Pior! Lhe causam um dano horrível! O de não ter a oportunidade de tal feito. Afinal, batizada uma vez, não o fará novamente... Isso é heresia!
- És um homem tocado por Deus para essa missão, a de passar a palavra e explicar exatamente como Jesus quis explicar. Ele se foi, mas deixou homens iluminados como o senhor para dar continuidade ao seu divino trabalho padre Bruys.
- Obrigada rapaz, mas como eu disse, sou uma peça de um imenso quebra cabeças, e basta uma dessas peças rejeitar sua missão, e a tela estará comprometida.
Nesse instante, como se algo a incomodasse, Alícia deixou repentinamente a mesa saindo do local. Os três se entreolharam, então Beny disse entristecido.
- Minha neta é às vezes um pouco ofensiva. Mas nunca sabemos o porquê. Ela precisa de muita reza padre.
- Ou precisa aceitar a missão meu caro senhor. Rapaz, faça companhia a garota, creio que ela se abrirá à você.
- Mas padre... Eu...
- Vá Andrey, faça o que estou lhe dizendo.   – insistiu Bruys gesticulando para que o rapaz se retirasse. Andrey sem saber muito o que fazer obedeceu. Seguiu os passos da garota que já se encontrava fora da casa simples do avô. A brisa da noite fria parecia deixar um abismo ainda maior entre eles. Andrey se aproximou devagar e mesmo tendo ciência de sua presença, Alícia fez que não o percebia.
- Atrapalho?
Alícia sequer respondeu novamente, apenas olhou-o discretamente e o deixou seguindo em frente rumo ao campo aberto. A escuridão era amenizada pela imensa Lua cheia. Mesmo assim, era um tanto dificultoso andar por ali. Para ela a facilidade deixava ainda mais rapidamente o rapaz para trás que tentava com custo alcançá-la.
- Por favor! Eu só quero conversar!  - insistia enquanto a seguia. Mas Alícia não cessava o ritmo. Então finalmente voltou-se para ele e disse arredia:
- O que tenho para conversar com você?
- Nada de importante, apenas conversa. Nos conhecer. Afinal ficarei alguns meses em sua casa com o Padre Bruys, acho que é importante ao menos nos conhecermos.
- Alícia, prazer. – respondeu prontamente e de forma indiferente.
- Você é sempre assim?
- Assim como?
- Distante das pessoas...?   - nesse instante um flash repentino de luz azul cruzou o céu fazendo o rapaz cair de costas na grama. Porém Alícia, permaneceu exatamente como estava. Apenas lentamente seguiu os olhos ao céu e disse após alguns instantes de silêncio.
- Foi a primeira pessoa que também viu o que vejo desde os 5 anos de idade!
- O que foi isso?! É o apocalipse não é?  - questionou com tremor na voz.
- Claro que não... Você jamais compreenderia.
- Você também? Porque não me explica? Talvez eu compreenda.  – se levantava ainda trêmulo pela visão assustadora no céu.
- Primeiro vou tentar entender o porquê de ter visto a mesma visão que eu, depois conversamos. Por hora, vou me recolher, tenha uma boa noite Andrey.    – tomou o caminho de volta. O rapaz amedrontado rapidamente tomou a frente de Alícia chegando bem antes que ela a casa de Beny. A garota riu discretamente dele, e calmamente caminhou em direção a sua casa. Entretanto, não com a mesma calma, Andrey deitou-se na estreita cama forjada no chão. Virou-se para a parede, e tentando esquecer-se daquela visão surreal, buscava adormecer. Bruys ajoelhado orava, e o mantra de suas palavras finalmente fizeram com que o rapaz caísse em sono profundo.
Porém, a paz desapareceu num instante quando já nas profundezas dos seus sonhos, pode se deparar com a imagem da luz azul anil riscando o mesmo céu. Mas no sonho, ele não temeu, correu imediata e ansiosamente até encontrar por fim, onde terminava o risco de luz. Havia uma chama azul incandescente há metros dele. Algo estranho em formato de cápsula, algo jamais visto em tempos como aqueles. Uma cápsula de aproximadamente 30 metros por 5metros, se encontrava diante de seus olhos assustados, entretanto, encantados com a beleza daquele objeto não identificado. Aos poucos, percebeu que dessa estranha cápsula oval, abria-se um compartimento. Deste, uma luz tão intensa quanto a que riscara o céu surgia. Uma paz foi trazida ao seu espírito confuso, então eis que um ser surgiu fitando-o de forma amigável. Era um ser azul translúcido, rosto triangular e olhos imensos. Corpo fino e longo, extremamente alto onde Andrey alcançava não mais que o joelho do ser. Então, este, gentilmente se curvou para alcançar seus pequenos e vidrados olhos humanos.
- Olá ser humano. Sou dharminiano, do planeta Dharmim, e vim para me apresentar.
Andrey sorriu ao sentir a energia casta e pacífica do ser, respondendo também gentilmente:
- Sou Andrey, sou aprendiz do mestre Bruys. – o ser extraterrestre sorriu desviando o olhar angelical para as estrelas.
- Não há mestres em seu meio pequeno ser. O último foi o Cristo. E não mais reside aqui. Deixou com alguns a centelha do conhecimento, mas há muitos, muitos que confundem os que trazem tal centelha. E é por isso que estou aqui.
- Não compreendo. Você é um anjo?
- Não, sou outra forma de ser, mas sirvo ao mesmo mestre cósmico. Seu cristo é meu cristo. Ele deixou muitos ensinamentos, acerca da evolução de sua espécie, há muitos de mim perdidos aqui, e preciso que nos ajude, pois faz parte dessa missão.
- Que missão?
- Missão Dharmim-Gaia. É uma longa história, mas acredite, se cumprir sua missão, outros cumprirão também, um depende do outro, somos peças de um grande quebra cabeças, sendo que se uma dessas peças rejeitar sua missão, a tela deixará de existir.
... Num lapso de instante o rapaz despertou, era padre Pedro balançando seus ombros, reclamando que já se passava das 7 horas da manhã.
- Perdeu minha pregação rapaz! Como quer ser padre assim?
- Perdoe-me senhor! Eu estava sonhando muito profundamente.
- Sem desculpas, todos sonham, nem por isso deixam de acordar na hora que necessitam. Nunca mais faça isso.
Ao transitar pelo pequeno recinto dos três cômodos da casa de Beny, Andrey cruzou com Alícia. Então com o olhar tentou detê-la...
- Preciso contar-lhe uma coisa.
- Não! Deixe-me em paz.   – esquivou-se dele. Mas o rapaz a seguiu até um cômodo vazio, onde apenas a luz discreta por detrás da cortina fina ultrapassava, um silêncio repentino se fez entre eles. Então ao senti-la mais tranquila disse pela segunda vez:
- Por favor, eu preciso que me ajude à entender.
- Eu não sei do que está falando Andrey! Por que não me esquece e para de perseguir?
- Por que você vê essas coisas desde os 5 anos! Eu acho que sabe muito mais do que eu, apenas me ajude a compreender o que foi aquilo.
- Foi o que você viu! Uma luz azul, como um anjo riscando o céu, nada mais.
- Mentira! Ele apareceu em sonho pra mim. – a garota o fitou dessa vez com interesse.
- Ele quem?
- Sabe do que estou falando.
-Você viu o anjo?
- Não é anjo nenhum! Ele mesmo me disse que não era.
- Ele “falou” com você?   - puxou-o pelo braço assustada.
- Sim, você nunca falou com ele?
Alícia entristeceu o olhar, baixou-o até parecer perder-se nos pensamentos, então prosseguiu:
- Eu nunca o ouvi, ele gesticula, parece falar, mas eu não o ouço, sempre foi assim, desde pequena. Ele está distante, nunca consegue chegar até mim...
- Eu o toquei!  - ela voltou-se para Andrey indignada com as informações.
- Como assim!? Por que você esteve tão próximo e eu não?
- Eu não sei! Estou exatamente querendo saber.
- O que ele disse à você?
- Falou sobre Missão... Missão Gaia...
- Dharmim?
- Isso! Dharmim Gaia! Como sabe se disse que jamais se falaram?
- Eu leio. Ele escreve no céu pra mim.
- Como?
- Não me faça perguntas que não sei responder. Apenas escreve coisas sem sentido, aparecem no céu pra mim.
- Alguém sabe sobre tudo isso?
- Não! A inquisição nos queimaria! Diriam que estamos possuídos de demônios!
- E se for? E se esse ser for um anjo caído? Como as escrituras dizem?
- Não, ele é um anjo. Um anjo do bem, você não sente paz quando ele está perto?
- Sim, tanta paz que não queria voltar de lá.
- Você foi pra onde?
- Quero dizer, acho que fui, parecia um lugar diferente. Ele saiu de uma carruagem estranha, parecia uma caixa de ferro.
- Sim, e chamas azuis o queimavam sem consumi-lo não é?
- Sim! Exatamente.
- Meu Deus! Até que enfim alguém para eu ter a certeza de que não sou uma louca.
- Ele disse algo sobre essa missão, e de que eu e muitos outros tem que cumpri-la, sendo que se um sequer deixar de fazê-la, a missão estará comprometida.
- Eu nunca li nada sobre isso, eu li algo certa vez nos céus como “Alan e Nyan”.
- Não falou sobre isso comigo, foi tudo muito lento, parece que passei dias lá com ele, mas foi apenas num sonho.

- Não foi um sonho, vocês estiveram juntos. E fico mais tranquila agora em falar com você. Após tantos e tantos anos, encontrei quem me compreenda.   – sorriu pela primeira vez ao rapaz que retribuiu no mesmo gesto. 
[...]

Escritora Tereza Reche


terça-feira, 13 de setembro de 2016




PACTOS CÓSMICOS



Em um planeta, distante há 30 galáxias da Via Láctea, denominado Aurean, seres de tom azul pálido, rostos triangulares e natureza pura, eram esporadicamente enviados para o planeta Terra, a fim de auxiliar os humanos em sua evolução. Chamavam esse auxílio de "Despertar". Esse envio era efetuado por ordem da Federação Galáctica, sistema este, composto de membros estelares como; Arcturus, Antares, Sírius, Plêiades, Procyon, Aldebaran, Vega, Regulus, Altair dentre outros planetas. 


Tinha por responsabilidade, manter a ordem de todas as galáxias e planetas espalhados pelo multiverso, organizar estratégias para restabelecer a Ordem Universal, desde que não interferissem no Livre Arbítrio. Poderiam apenas estabelecer linhas de destino baseadas, numa Lei Física Universal, conhecida como: Lei da Causa e Efeito. E caso os seres enviados em missão, não despertassem ainda assim, renasceriam novamente, retornando mais um ciclo encarnatório com a chance de despertarem dessa maneira. Esse ciclo seria repetido, quantas vezes fossem necessárias, até que, o despertar ocorresse e evoluíssem para partirem de volta ao lar de origem.
Porém, algo saiu errado por volta de 300 anos D.C, no planeta chamado de Terra Gaia. A falta de amor se triplicou, e os ensinamentos que o filho do Criador, o "Cristo" havia deixado, foram usados para benefício do orgulho e ganância dos que haviam sidos enviados para despertar os habitantes da Terra. Então, por ordem do Criador, a Federação foi conduzida a reformular os planos. A Lei Kármica seria agora também efetuada sobre os aureanos. Seres que se deixassem contaminar com o materialismo, ou com os sentimentos egoístas e maquiavélicos dos humanos, também seriam obrigados a reencarnar até compreenderem sua real missão, a de trazer o despertar para Gaia, e a evolução aos humanos. Isso se daria para o estabelecimento de um segundo, e maior plano; o da renovação planetária.


Porém, milhares de anos se passavam, e um conglomerado de ciclos reencarnatórios se repetia o que fez com que, a Federação Galáctica decidisse por outro plano nos Universos Paralelos. Este tinha por intuito, enviar pares dos mais perfeitos aureanos, em pureza, compaixão e verdade, altamente selecionada, quais nasceriam exatamente para essa missão cujo nome era; Missão Dharmim- Gaia.
Segundo o plano da Federação, os mais amáveis, frágeis e compassivos, seriam enviados para o planeta Dharmim, onde os habitantes nasciam e viviam inundados de amor e profundamente conectados aos seus pares enviados à Gaia. Estes eram os guerreiros, fortes e decididos, envolvidos por uma índole inabalável, prontos para recusar toda contaminação terrena, afinal, foram gerados para isso. Enquanto os enviados à Gaia viessem, em meio à missão, desistir diante das dificuldades - pois não se recordavam quem eram -, os habitantes de Dharmim ressoariam melodias curativas até suas almas, e os manteriam renovados para darem continuidade a sua missão. Este era o plano perfeito, seres aureanos guerreiros lutando a favor dos humanos e sua evolução, seres aureanos vivendo no Planeta Dharmim, cuidando dos companheiros guerreiros... Dentre os humanos, muitos aureanos perdidos seriam despertos, e posteriormente, findariam ao evoluir, seu ciclo encarnatório finalmente voltando à Aurean. Não se tratava de uma missão apenas restrita aos aureanos, pois muitos seres intergalácticos se encontravam perdidos em Gaia.


Muitos seres, assim como os de Aurean, eram enviados para despertar seus irmãos estelares. Porém, muitos se envolviam com as paixões e cobiças da terceira dimensão, e isso, os aprisionava no infinito ciclo encarnatório. A Missão para o grande Despertar havia sido subdividida, onde os aureanos pertenciam à "Missão Dharmim-Gaia". Essas missões teriam seu término 2019 anos após a partida do grande Avatar Crístico, o filho do Criador. No ano limite, se os esforços de todos os enviados estelares, conhecidos pelo Planeta Terra como seres celestiais, alcançassem sucesso, a terceira grande Guerra Mundial seria abortada. Guerra esta, estimulada por seres também estelares, mas de intenção maligna e egoísta, com o fim de apoderar-se do último Planeta suscetível à escravidão, no caso, Terra Gaia. Essa suscetibilidade era devido à intenção íntima da natureza humana, que muito se assemelhava às destes seres estelares, conhecidos em Gaia como "anjos maus", ou ainda "anjos caídos". 


A facilidade em aprisionar a humanidade, se dava à confusão entre o que o espírito desejava, e o que a carne ansiava... Vícios, paixões desenfreadas denominadas de pseudo amor, cobiça e ódio, eram as armas emocionais mais simplistas, porém de resultado inimaginável contra esses seres, frágeis e de mentes facilmente manipuláveis. O plano dos seres mal intencionados era; transformar a realidade estelar em ficção, e a ilusão de que humanos eram, únicos e mortais, em fato verdadeiro... Unindo-se às instituições poderosas, quais manipulavam mente e alma dos seus seguidores, infiltraram-se desde o século IV D.C. Primeiramente nas religiões e na política, auxiliaram posteriormente na tecnologia, e finalmente no século XX, fortalecidos pela vibração obscura do próprio Planeta Terra, governaram a mídia. Essa estratégia fecharia o ciclo de um árduo trabalho contrário à Missão Gaia, ordenada à Federação Galáctica pelo próprio Criador do Multiverso!
Esta é uma ficção, permeada de fatos óbvios, porém uma ficção... Uma história entre dois seres, enviados a Terra para cumprirem a grande Missão Gaia... O que os uniria? Seriam unidos por um pacto cósmico!




segunda-feira, 7 de março de 2016





MOOLA MANTRA

O que seria o Mantra Moola?

Primeiramente vamos entender o que exatamente é o mantra. O mantra é uma formula mística e ritual recitada ou cantada repetidamente pelos fiéis de certas correntes budistas e hinduístas. O termo é uma palavra em sânscrito que significa 'controle da mente'. O mantra é repetido de forma a auxiliar a concentração durante a meditação. Mantra (do sânscrito Man mente e Tra controle) é uma sílaba ou poema religioso normalmente em sânscrito.

"Se o homem se mantiver em harmonia com o Cosmo 

todos os desequilíbrios deixam de existir."

~Bodhidharmma~



Mantra é uma vibração sonora que usamos na maioria das vezes na meditação, 

mas podemos usar independente dela também. Man, em sânscrito quer dizer mente, e Tra quer dizer instrumento. Portanto, mantra quer dizer literalmente instrumento para a liberação da mente. O mantra é uma vibração sonora que, quando emitido corretamente, exerce um efeito poderoso em nosso corpo e mente. Ele acalma nossas mentes e sentidos, relaxam o corpo e nos liga a energias superiores, pois sua vibração provoca a limpeza de energias de vibração mais baixa. 

O mantra é definitivamente uma palavra de poder, uma palavra sagrada, que deve ser usado com propriedade e consciência.



Os mantras são sons sagrados que ajudam a entrar em estado de meditação. Dotados de grande força energética, eles também nos ajudam a harmonizar nossos medos, ansiedades e desejos. Para que funcionem bem, convém praticá-los com regularidade, pode ser diariamente, ou pelo menos em dias alternados. 


A palavra mantra provém do sânscrito e tem muitas diferenças sutis de significado “instrumento da mente”, “linguagem divina” e “linguagem da fisiologia espiritual humana” são apenas algumas de suas conotações. O mantra é um instrumento para curar os problemas que todos nós enfrentamos na vida. Como afirma o mestre místico sufi Vilayat Inayat Khan: “A prática do mantra literalmente amassa a carne do corpo com a repetição de sons. As células delicadas dos complexos feixes de nervos são submetidas a um martelar constante, um ataque à carne pelas vibrações do som divino”.

A prática do mantra pode ajudar você a se sentir mais calmo e energizado. Pode ajudá-lo a lidar com situações difíceis ou desagradáveis, propiciando uma idéia do que fazer ou ajudando-o a ter paciência e perspectiva para simplesmente deixar que as coisas aconteçam. O mantra é um método pessoal ativo e pacífico de enfrentar as situações que você deseja mudar. 
São fórmulas antigas de sons divinos registrados pelos antigos sábios da Índia e mantidos em confiança e segredos durante séculos, tanto na Índia como no Tibet.

Como se entoar os Mantras

O Kūlarnava Tantra nos ensina que há três formas de fazer um mantra: mentalmente, murmurando, e em voz alta. Dessas maneiras, considera-se que o mantra murmurado seja mais poderoso que aquele feito em voz alta, e que o mantra feito mentalmente seja mais eficiente que o murmurado. No entanto, a mesma escritura nos aconselha a mudarmos de técnica quando percebermos que estamos perdendo a concentração ou quando estamos nos distraindo, passando da repetição mental para a verbalização em voz alta ou vice-versa. É possível também associar o mantra com um yantra, um símbolo. Por exemplo, ao gāyatrī mantra corresponde o yantra do mesmo nome, que pode ser visualizado mantendo-se os olhos fechados ou focalizado com eles 
abertos durante a meditação.

Os efeitos que os Mantras causam

Os mantras têm a capacidade de servir como foco para que a mente se concentre. Ela tem seu fluxo e dificilmente pode ser controlada. Se você percebe esta dificuldade na sua meditação, isso significa que sua mente é totalmente normal.

Respire aliviado, pois isso acontece com todo o mundo. Seu trabalho durante o mantra, consiste justamente em trazer incessantemente a mente de volta para o som do mantra e refletir sobre seu significado. Isso traz como conseqüência o aquietamento da mente. 
Essa paz mental não é um fim em si mesmo, mas um meio para conseguir o discernimento, para preparar-se para a libertação ou mokṣa. Muito embora os mantras possam ser usados para relaxar, combater a ansiedade ou o estresse, esse fim não deve ser esquecido.

Conhecer o significado do seu mantra, se você tem um, é fundamental. Tem pessoas que afirmam que os mantras não tem significado, ou que saber o que o mantra quer dizer não é importante, para afastar a desconfiança dos cristãos, ou para apresentar a prática da meditação sobre eles como algo “científico”.
O Rudrayamālā, um texto antigo de Yoga, diz: “Os mantras feitos sem a correspondente ideação são apenas um par de letras mecanicamente pronunciadas. Não produzirão nenhum fruto, mesmo se repetidas um bilhão de vezes.” Mantras sem significado não funcionam. Todo mantra sânscrito significa alguma coisa ou aponta para algum aspecto da realidade, adequada como tema de reflexão para cada praticante.


Por que os Mantras são em Sânscrito

Na tradição hindu, os mantras são considerados Śrutiḥ, revelação. Isso significa que esses sons não foram criados por um autor humano, mas percebidos em estado de meditação pelos sábios da antiguidade, chamados ṛṣis. Esses sons descrevem as diferentes revelações que estes sábios tiveram, e servem como indicadores para orientar os humanos em direção ao autoconhecimento. Por exemplo, os mahavākyas, as grandes afirmações da tradição dizem: aham Brahma’smi, “eu sou o Ser”, tattvam asi, “tu és Isso (Brahman)”, etc.

A língua sânscrita é considerada uma língua revelada, portanto sagrada, assim como o aramaico, o hebraico ou o latim o são para as religiões judaico-cristãs. Como língua, o sânscrito tem a virtude de conseguir comunicar nuanças de significados muito sutis, e sua vibração sonora produz efeitos não somente na mente mas também, por ressonância,em todas as dimensões da pessoa.

A força do mantra reside em sua entonação correta e na mentalização adequada.

O OM o mais conhecido dos mantras, foge a todas as regras gramaticais expostas, pois é considerado a síntese de todos os sons. Existem na tradição indiana centenas de mantras e o uso de cada um tem uma finalidade específica. Para quem deseja iniciar-se nesta prática seguem algumas indicações:

Sente-se numa posição confortável e procure relaxar concentrando sua respiração no abdômen. A seguir, vocalize o mantra durante um tempo mínimo de três minutos. Esta é a forma mais aconselhável para potencializar o mantra, mas se não puder dizê-lo em voz alta, sussurre-o ou apenas mentalize-o.

Com uma melodia doce e com a repetição da palavra Hari Om Tat Sat, o Moola Mantra chega arrebatando nosso coração.
Hari Om Tat Sat representa um pedido para que a Verdade de Deus entre em nosso coração e transforme completamente nossa vida através da Consciência (Cid) universal que já somos a plenitude que tanto buscamos.
É incrível como a prática do mantra Yoga consegue nos transportar para um espaço além da mente, dos estímulos dos desejos, das flutuações mentais e nos deixa numa tranqüilidade sublime de calmaria – tão raro em nosso dia a dia.
Sua letra traz os aspectos masculinos e femininos (Bhagavati e Bhagavate) da Suprema criação (ParaBrahma) em comunhão para a transformação através da Verdade (Sac ou Sat), Consciência (Cid) e Felicidade (Ananda). Na Índia é utilizada para dar a iniciação espiritual em algumas linhagens, assim comprovando sua eficácia onde, sombra de dúvida, é um instrumento (oração) poderoso de transformação.

Om Sat Chit Ananda Parabrahma
Purushothama Paramatma
Sri Bhagavathi Sametha
Sri Bhagavathe Namaha

“ Este mantra evoca o Deus vivo, pedindo proteção e libertação de toda a tristeza e sofrimento. É uma oração que adora o grande criador e libertador, se manifesta na compaixão, para nos proteger.
Este Moolamantra propicia grande paz e alegria para as pessoas de todo o mundo que o cantam, ou mesmo quando o escutam. Ele tem o poder de transportar nossa mente para o estado de felicidade sem causa (ananda), numa fonte de alegria sem limites.
Caro leitor, aqui está a chave com a qual a porta do tesouro espiritual pode ser aberta. Uma ferramenta que pode ser usada para alcançar todos os desejos. Um medicamento que cura todos os males. O néctar que pode libertar o homem! Uma chuva de bênçãos são recebidas ao cantar ou simplesmente ouvir o Moolamantra”.

A Letra:

Om Sat Chit Ananda Parabrahma
Purushothama Paramatma
Sri Bhagavathi Sametha
Sri Bhagavathe Namaha


Tradução literal:

Om – som da criação universal.
Sat – Verdade
Cid – Consciência
Ananda – Felicidade
Parabrahma – O Criador Supremo
Shri – O auspicioso
Bhagavati – Senhor (Deus)
Sametha – Juntos (dentro)
Bhagavate – Deusa


Origem dos Mantras
Os estudiosos modernos e o sacerdotes védicos divergem quanto à época em que os mantras foram registrados por escrito. Alguns eruditos datam os primeiros registros por escrito das quatro escrituras védicas de 1000 a.C., embora a versão mais antiga existente do Rig Veda seja datada só no século XIV da nossa era. No entanto, em The Principal Upanishads, o respeitado sábio S. Radhakrishnan, citando The Religion of the Vedas de Bloomfield, afirma: “Os Vedas não apenas constituem o mais antigo monumento literário da Índia, mas também a mais antiga literatura dos povos indo-europeus, anterior à da Grécia ou de Israel.” Os mais antigos hinos e mantras contidos no Rig Veda são tradicionalmente datados como sendo de 1500 a.C. e possivelmente até mesmo antes e 4000 a.C.


Os sacerdotes hindus afirmam categoricamente que os registros por escrito dos mantras são muito mais antigos do que acreditam as autoridades acadêmicas. A história popularmente aceita dos mantras, que até hoje é transmitida por uma tradição oral ensinada nos templos hinduístas, situa o primeiro escrito na época do Mahabharata, cerca de um milênio antes de Cristo. E os mantras sânscritos já existiam pelo menos dois mil anos antes nos mitos, fábulas e lendas.




Os ensinamentos védicos eram originalmente reservados à classe dos sacerdotes, e seus rituais, assim como os próprios Vedas e os mantras contidos neles, foram transmitidos oralmente por milhares de anos. Depois de passados oralmente de geração em geração, os mantras foram pela primeira vez escritos em sânscritos sobre folhas de palmeiras, para que pudessem ser preservados. Os primeiros “bibliotecários” eram famílias que se dedicavam à preservação desses mantras por escrito. Catalogados por assunto, utilidade e efeito, os mantras eram meticulosamente guardados e protegidos da ação dos elementos. Quando as folhas de palmeiras ficavam quebradiças ou mofadas, os mantras eram recopiados em folhas novas enquanto ainda legíveis.


Com o aumento do número de mantras compilados nem mesmo famílias inteiras conseguiam dar conta da necessidade de recopiá-los para preservar a biblioteca. Para dar conta do crescente acúmulo de novos mantras, foram feitos resumos de algumas partes. Esses resumos condensavam estantes inteiras de informações em um punhado de folhas. Isso funcionava por muitos séculos até o acúmulo voltar a ficar excessivo. Então os conteúdos eram novamente sumarizados. Passavam-se outras tantas centenas de anos e o ciclo voltava a se repetir. Ao longo de todos os vários milênios de compilação dos sumários, certas partes eram consideradas tão importantes que nunca foram resumidas, mas mantidas intactas.

Esses ensinamentos hindus de inspiração e introvisão seguiram um percurso semelhante da transmissão oral para a transcrição em sânscrito. Os Upanishades são os resumos dos resumos dos resumos dos ensinamentos criados há muitos milhares de anos. Os upanishades contêm os Cantos da Floresta, ou Aranyakas, e os Brahmanas, que são fragmentos de obras maiores, extraviadas. Os quadro Vedas sobreviveram quase intactos e na íntegras: Rig Vedas, Artharva Veda, Yajur Veda e Sama Veda. Em certo sentido, os Vedas e os Upanishades são todos coletâneas de mantras sanscríticos reunidos com a intenção de transmitir idéias atemporais a respeito de uma ampla variedade de assuntos.


A quantidade de informações contidas até mesmo nesses sumários fragmentados é espantosa. Um sistema completo de medicina está contida no Artharva Veda – sistema que a medicina ocidental só recentemente começou a reconhecer como válido. No Rig Veda, questões espirituais de cosmologia e desenvolvimento pessoal são expostas em fórmulas e práticas místicas grandiosas. Entre o ano 1000 a.C. e o final do primeiro milênio da era cristã, sábios, eruditos e místicos, como Patañjali (200 a.C.), Shankaracharya (800 d.C.) e outros introduziram práticas ainda mais específicas para o desenvolvimento espiritual e a solução de problemas. É por esses instrumentos que o sânscrito recebeu o título de Deva Língua ou “linguagem dos deuses”, indício de que até mesmo os mortais podem comungar com os deuses e tornar-se iguais a eles: poderosos e imortais. O primeiro requisito, entretanto, é aprender a “falar a língua” e, com isso, usar o poder que ela contém. O mantra é a linguagem pela qual invocamos os deuses e suas energias.

Embora os mantras, os Vedas e os Upanishades sejam todos escritos em sânscrito, essa língua não é mais falada nas conversas corriqueiras. Como o sânscrito não é falado amplamente entre a população em geral de nenhum país, ele é tecnicamente classificado como uma língua “morta”. No entanto, todas as práticas religiosas e tradições hinduístas são ensinadas, conduzidas e transmitidas em sânscrito. A maioria das práticas budistas que fazem uso da palavra expressa continua mantendo o grosso de seu conteúdo em sânscrito. Todos os Swamis e mestres indianos que vieram para o Ocidente praticam sistemas de desenvolvimento pessoal derivados de textos em sânscrito. De maneira que considerar o sânscrito uma língua morta é não levar em conta as práticas diárias de muitos milhões de pessoas.


Além disso, muitas línguas ocidentais, que os dicionários costumam classificar como indo-européias, tem raízes sanscríticas. O sânscrito merece realmente seu outro título, o de “Mãe das Línguas” (ou Língua Mãe), como os eruditos a denominam. Em sânscrito mata é “mãe” e pitra, “pai”, palavras evidentemente próximas das latinas mater e pater. As línguas românicas (espanhol, italiano, português, francês e romeno) são derivadas do latim, que por sua vez é derivado do sânscrito, que foi falado por muitos séculos antes do surgimento do latim.

Aprofundamento nos Mantras


1. Os mantras são sons de base energética. As palavras usadas nas conversas derivam seu poder do significado que contêm. O mantra deriva seu poder do efeito energético produzido por seu som. Recitar um mantra produz uma determinada vibração física em forma de um som que, por sua vez, produz vários “efeitos energéticos” nos corpos físicos e sutil.

2. Os mantras são também sons provenientes dos chakras. (vide link do meu blog POR TEREZA RECHE - http://www.porterezareche.blogspot.com.br/2016/03/estudo-sobre-os-chacras-o-chakra.html#links).
Cada uma das cinqüenta letras do alfabeto sânscrito corresponde a uma das cinqüenta pétalas dos seis chakras, da base da coluna à fronte. O mantra sanscrítico transmite vibrações para as letras contidas nas palavras do mantra, que energizam a pétala e atraem a energia espiritual da atmosfera circundante para a pessoa que está recitando o mantra. Dessa maneira, o mantra afeta tanto o seu corpo físico quanto sua consciência espiritual. E a pessoa literalmente cresce, espiritual e fisicamente.

3. O mantra – combinado com a intenção – aumenta os benefícios físicos e espirituais. Quando combinamos a energia física do mantra, a vibração sonora, com a energia mental da intenção e da atenção, aumentamos, fortalecemos e direcionamos o efeito energético do mantra. A intenção, a razão de estarmos recitando o mantra, é transmitida pela vibração física, produzindo um efeito. Essa é a essência do mantra sanscrítico.

4. Os mantras só podem ser expressos em palavras de forma aproximada. Se queremos dizer a uma criança pequena que ela não deve tocar no forno, procuramos explicar a ela que o formo queima. Entretanto, palavras não bastam para passar a experiência. Somente o ato de tocar no forno e ser queimado define o verdadeiro significado das palavras “quente” e “queimar”, quando relacionadas com “forno”. Em essência, não existe nenhuma linguagem que traduza a experiência de ser queimado. O mesmo acontece com os mantras. A única verdadeira definição é a experiência que o mantra acaba produzindo na pessoa que o pratica. No entanto, da “vidência” original de um determinado mantra até as experiências partilhadas de maneira idêntica pelas pessoas que o usaram posteriormente, o mantra vai ganhar uma “definição baseada na experiência”, ou seja, ela vai ficar conhecido pelos efeitos que produz.

5. O mantra energiza o prana. Prana é a energia essencial que pode ser transferida de uma pessoa para outra. Certos terapeutas operam através de uma transferência consciente de prana; um terapeuta de massagem habilidoso, por exemplo, pode muitas vezes transferir prana com efeitos benéficos. A autocura também é possível através da concentração de prana em órgãos específicos. Quando recitamos um determinado mantra visualizando um órgão interno banhando em luz, o poder do mantra pode concentra-se nesse órgão com efeito positivo. O ato de visualizar, nesse caso, funciona como intenção, foco e direcionamento da energia produzida pelo mantra.

6. Os mantras produzem energias comparáveis à do fogo. O fogo pode cozinhar sua comida ou incendiar uma floresta. É o mesmo fogo. Os mantras, também invocam energias poderosas e, por isso, devem ser tratados com respeito. Existem certar formular tão poderosas de mantras que têm de ser aprendidas e praticadas sob supervisão cuidadosa de um instrutor qualificado. Essas são mantidas como segredos bem guardados e não deixaram o Extremo Oriente. Os mantras que são amplamente usados no Ocidente são perfeitamente seguros para serem praticados diariamente, mesmo com intensidade.

A Prática de Mantras


Quando recitamos mantras,desencadeamos uma vibração poderosa que corresponde tanto a um nível específico de energia espiritual quanto a um estado de consciência de forma embrionária. Aos poucos, a vibração do mantra começa a superar todas as vibrações menores. Essas acabam sendo absorvidas pelo mantra. Depois de um tempo, cuja extensão varia de pessoa para pessoa, a grande onda vibratória do mantra silencia todas as outras vibrações no interior de determinados órgãos e sistemas. Finalmente, a pessoa estará em perfeita harmonia com a energia e o estado espiritual representados pelo mantra contido nele.


A prática de mantra sanscrítico aumenta a vitalidade e a capacidade de utilização de energia pelos chakras no nosso corpo etérico e pelos órgãos de nosso corpo físico. À medida que vamos nos aperfeiçoando como praticantes de mantras, novas experiências podem nos ser proporcionadas. Certas pessoas podem começar a ver auras – as faixas de luzes coloridas que envolvem cada um de nós como uma auréola. Outras podem perceber a entrada de uma energia misteriosa pelas mãos ou pelos pés. E que a intuição começa a ficar muito mais aguçada.

Exatamente como a prática de mantra purifica e energiza o corpo, a repetição dele tem um efeito similar no corpo sutil. Mesmo a recitação de uma mantra em voz extremamente suave afeta os chakras que correspondem aos centros nervosos do corpo físico. O simples fato de pensar num mantra – pronunciando-o mentalmente em silêncio pode estimular o processo de remoção de impurezas espirituais, energizando os chakras e queimando os karmas.


O Mantra Sagrado - OM


O termo em sânscrito ou Mantra OM, alude a linguagem como emanação ou expressão do Manas, a Mente. Um Mantra é um instrumento da Mente, do Pensamento. Na filosofia Hindu, um texto Sagrado, uma oração, um verso, uma palavra ou um simples Som pode ser um Mantra.

Ao referir Mantra, estamos citando a palavra não só como veículo de informação, mas como Poder e Movimento. Conta a Tradição Hindu que o OM foi revelado aos Sri (Sábios videntes) que receberam os Vedas em tempos imemoriais, quando estavam em estado arrebatado de meditação, em contato com o "Alto".

Antes do Universo manifesto (mana-rupa: o mundo dos nomes e das formas), se encontra o Eterno Logos, Verbo fundamental de Deus, que contém em si, em potência, todas as idéias, todos os nomes e todas as formas. O OM é considerado o Som mais próximo desta Palavra Divina e origem de todas as demais.


Todo o Universo vibra em OM. Seus diversos eventos constituintes são modulações do OM básico: energia vibrando em várias freqüências. OM é Nada-Brahman, "o Som do Absoluto". Por isto sua repetição se torna um veículo para sintonizar a "nossa" consciência com A Consciência Absoluta.

           
OM em diversas escritas



OM MANI PADME HUM

O mantra Om Mani Padme Hum [em tibetano sua pronúncia é Om Mani Peme Hung],porém, sua origem é indiana, enquanto o estiverem pronunciando devem pensar sobre sua significação, pois o significado dessas seis sílabas é grande e profundo. A primeira, Om, compõe-se das três letras A, U e M, que simbolizam o corpo, a palavra e a mente puros e sublimes de um Buda.


               Om Mani Padme Hum

Podem o corpo, a palavra e a mente impuros ser transformados em corpo, palavra e mente puros, ou são inteiramente separados? Todos os Budas eram seres como nós que, após trilharem o Caminho, tornaram-se iluminados. O Budismo não afirma que haja uma pessoa 
que desde sua origem esteja livre de falhas e que possua todas as boas qualidades. A condição pura do corpo, da palavra e da mente surge ao abandonarmos gradualmente os estados impuros e, em conseqüência, nos tomarmos puros. 

Como se processa isso? 

O caminho é indicado pelas quatro sílabas seguintes: Mani, que significa jóia simboliza os fatores do método, a intenção altruísta de alcançar a iluminação, a compaixão e o amor. Assim como uma jóia é capaz de eliminar a pobreza, a mente altruísta da iluminação é capaz de afastar a pobreza, ou as dificuldades da existência cíclica e da paz solitária. Do mesmo modo como uma jóia satisfaz os desejos dos seres sencientes, a intenção altruísta de alcançar a iluminação satisfaz as aspirações dos seres sencientes.

As duas sílabas, Padme, que significam lótus, simbolizam a Sabedoria. Assim como um lótus nasce da lama mas não se contamina com ela, a sabedoria é capaz de nos colocar em uma situação de não-contradição, ao passo que há contradição se não temos Sabedoria. Existe a Sabedoria que percebe a impermanência; a Sabedoria que percebe que as pessoas não são auto-suficientes ou substancialmente existentes; a Sabedoria que percebe o vazio da dualidade, ou seja, a diferença de entidade entre sujeito e objeto; e a Sabedoria que percebe o vazio da existência inerente. Embora existam muitos tipos diferentes de Sabedoria, a mais importante é aquela que percebe o vazio.

A pureza deve ser alcançada através da unidade indivisível do método e da Sabedoria, representada pela sílaba final Hum, que indica essa indivisibilidade. De acordo com o sistema sutra, a indivisibilidade de método e Sabedoria referem-se à Sabedoria influenciada pelo método e este influenciado por Aquela. 
No mantra, ou veículo tântrico, faz-se referência a uma consciência na qual existem de forma completa tanto a Sabedoria quanto o método como uma entidade indiferenciável. Em termos das sílabas-sementes dos cinco Budas Vitoriosos, Hum é a sílaba-semente de Akhobhya — O inalterável, O que não se agita, O que nada pode perturbar. Desse modo, as seis sílabas, Om Mani Padme Hum significam 
que, em função da prática de um Caminho que é uma união indivisível de método e Sabedoria, podemos transformar nosso corpo, nossa palavra e nossa mente impuros, no corpo, na palavra e na mente sublimes de um Buda.Diz-se que não devemos procurar o Estado de Buda 
fora de nós mesmos; as substâncias para que 
alcancemos o Estado de Buda estão dentro de nós. 

Como Maitreya declara, todos os seres possuem a natureza de Buda no seu próprio continuum. Temos dentro de nós a semente da pureza, a essência d’Aquele que chegou à Verdade, Tathagatagarbha, a qual deve se desenvolver completamente e se transformar no puro Estado de Buda.


OM NAMO BHAGAVATE VASUDEVAYA

É um dos mantras de evocação do Senhor Krishna. OM é a vibração interdimensional que interpenetra a tudo e a todos.

NAMO: Saudação ou reverência ao poder divino.

BHAGAVATE: Respeito ao Senhor.

VASUDEVAYA: Vasudeva é o nome da família carnal que criou Krishna. O Ya acrescentado no final significa a característica ativa (masculina) do mantra. 


Quando alguém canta esse mantra completo, evoca Krishna como homem que também viveu aqui na Terra e sabe das dificuldades enfrentadas por todos.

Gayatri Mantra


Deusa Gayatri

O Gayatri Mantra é o mais poderoso mantra dos Vedas. É devotado à deusa Gayatri (Mãe dos Vedas) e foi criado para receber as vibrações solares que nos trazem vigor e entusiasmo. Recomenda-se que ele seja cantado pela manhã, durante ou um pouco após o nascer do sol.

OM BURBU VAA SUAA
TATSA VITUR VARENN IAMMM
BARGOOO DE-VASSIA DII-MARRIIII
DIOIO NAA PRATCHO DAIAT

[Tradução: Contemplemos o esplendor do divino Sol vivificante, presente na terra, na atmosfera e no céu. Que ele ilumine nossa visão.][Rig Veda, III:62,10.]


Gāyatrī significa “canção” ou “meio para chegar”. 

O Gāyatrī é considerado o mais sagrado dos sons de poder. Deve fazer-se preferentemente no momento do nascer e no momento do pôr-do-sol bem como ao meio dia. Este mantra é usado como japa para meditar, como parte do homa, ritual do fogo, ou durante o prānāyāma, como unidade de contagem do tempo (mātra), quando o respiratório recebe o nome de prāṇa yajña.

Os ṛiṣhis vislumbraram que a vocalização desta combinação de sílabas gera poder no indivíduo e inspira sabedoria, motivando-o a agir corretamente. A sabedoria e o poder intrínsecos ao mantra nos permitem captar a unidade existente na natureza. Nas Upaniṣads, o Gāyatrī aparece como o símbolo do Todo.

"O significado do Gāyatrī é que, Īśvara, aquele que remove as confusões, que brilha como o sol e queima a ignorância com esse resplendor, possa iluminar nossas mentes para que possamos tomar as decisões corretas a cada momento. O mantra não pede poder ou riquezas, mas clareza de mente, pois isso é o único que precisamos". 

Swāmi Dayānanda. 





















PARA QUE SERVEM OS MANTRAS?

A prática do mantra pode ajudar você a se sentir mais calmo e energizado. Pode ajudá-lo a lidar com situações difíceis ou desagradáveis, propiciando uma idéia do que fazer ou ajudando-o a ter paciência e perspectiva para simplesmente deixar que as coisas aconteçam. Pode ajudá-lo a realizar seus desejos e transformar seus sonhos em realidade. O mantra é um método pessoal ativo e pacífico de enfrentar as situações que você deseja mudar. São fórmulas antigas de sons divinos registrados pelos antigos sábios da Índia e mantidos em confiança e segredos durante séculos, tanto na Índia como no Tibete.

Mas o mantra não é nenhuma panacéia. Não é o único nem o melhor meio de resolver todos os problemas humanos. Sua vida e seu karma – o efeito acumulado de todos os pensamentos e atos de muitas encarnações – são demasiadamente complexos para serem dominados inteiramente por algumas semanas de trabalho com fórmulas espirituais, por mais poderosas que elas possam ser. Mas a prática do mantra pode solucionar totalmente muitos dos problemas que enfrentamos e proporcionar alívio considerável a outros.


A prática de mantras pode ajudar você a lidar com os problemas e necessidades materiais da vida. Todos nós queremos ou necessitamos de algo, ou desejamos realizar mudanças em nossa vida. Algumas pessoas querem encontrar um parceiro. Outras estão em busca de um novo trabalho ou carreira. Muitos de nós já tivemos problemas de saúde ou conhecemos alguém que tenha. Todos nós passamos por dificuldades financeiras em uma ou outra fase da vida. Temos desejos que podem ser tão simples como a compra de um carro novo ou tão complexo como aparar as arestas nas relações familiares.



Muitos de nós também queremos ajuda para lidar com emoções e conflitos interiores. Deparamo-nos com situações que provocam reações automáticas que gostaríamos de evitar. Ficamos frustrados, tristes, furiosos e enciumados. Às vezes, nossas reações podem ser mais problemáticas do que as situações que as provocaram. Algumas palavras ditas com raiva podem causar danos enormes a uma relação de amizade ou de amor. A depressão pode tornar-se tão profunda que afasta todos e tudo de nós. Os anseios e as obsessões nos isolam. A prática dos mantras pode ajudá-lo a obter clareza tanto com respeito ao propósito da sua vida quanto de si mesmo.



Às vezes, gostaríamos simplesmente de poder ajudar os outros, mas não sabemos exatamente como. Um membro da família ou colega de trabalho passando por alguma dificuldade, ou gostaríamos de poder dar uma contribuição para melhorar a comunidade ou o mundo em que vivemos – se apenas soubéssemos o que fazer. A prática de mantras pode ajudá-lo a encontrar o meio certo de promover mudanças efetivas.



O instrumental relativamente simples do mantra pode ajudá-lo a enfrentar todas as situações e desafios que você tem diante de si. Mesmo sendo de origem antiga, ele pode ser aplicado a praticamente todos os problemas atuais como bons resultados.





















Quando recitamos mantras, desencadeamos uma vibração poderosa que corresponde tanto a um nível específico de energia espiritual quanto a um estado de consciência de forma embrionária. Aos poucos, a vibração do mantra começa a superar todas as vibrações menores. Essas acabam sendo absorvidas pelo mantra. Depois de um tempo, cuja extensão varia de pessoa para pessoa, a grande onda vibratória do mantra silencia todas as outras vibrações no interior de determinados órgãos e sistemas. Finalmente, a pessoa estará em perfeita harmonia com a energia e o estado espiritual representados pelo mantra contido nele.

Assim como existe uma grande variedade de habilidade humanas, existem também uma grande diversidade de aplicações para essa nova energia disponível. Muitos de nós terão seus males físicos curados, condições de vida indesejadas alteradas e karmas negativos eliminados.

Durante toda a nossa vida, a energia vital do prana perpassa o nosso sistema bioespiritual. Os chakras rodopiam, recebendo e distribuindo energia, e os órgãos físicos desempenham suas funções como a energia disponível.

Exatamente como a prática de mantra purifica e energiza o corpo, a repetição dele tem um efeito similar no corpo sutil. Mesmo a recitação de uma mantra em voz extremamente suave afeta os chakras que correspondem aos centros nervosos do corpo físico. O simples fato de pensar num mantra – pronunciando-o mentalmente em silêncio pode estimular o processo de remoção de impurezas espirituais, energizando os chakras e queimando os karmas.


 
Alguns Mantras Sagrados e suas indicações


.: OM MANI PADME HUM (mantra para harmonizar os chakras e iluminação)

.: OM MANE PADME HUM HRI(mantra para harmonizar os chakras e iluminação)

.: OM BABAGI AH HUM (mantra para iluminação, sabedoria, amor e desapego)

.: OM YAMANTAKA HUM PHAT (mantra dque elimina os padrões mentais negativos)

.: OM HRIM GAURYAI NAMAH (mantra para desenvolvimento em todas as áreas)
.:OM GAN GANAPATAYER NAMAHA ( mantra ao Deus Ganesha) 

.: OM SRI GOVINDAYA NAMAH (mantra para felicidade e riqueza)


.: OM AH RA PA TSA NA DHI(mantra para iniciação a ioga)

.: OM TARE TUTTARE TURE SVAHA(mantra para iniciação a ioga)

.: OM VAJRASATTVA HUM
(mantra para iniciação a ioga)

.: OM AH HUM (mantra para iniciação a ioga)

.: OM DHUPE AH HUM (mantra para oferecer incenso)

.: OM KALI AH HUM (mantra saudação á Divindade)


.: OM WAGI SHORI MUM(mantra saudação á Divindade)

.: OM AIM HRIM SRIM KLIM SOU HU OM (mantra chakra coroa)

.: OM KRIM NAMAHA (mantra chakra olho)

.: OM SO HU NAMAHA (mantra chakra garganta)

.: OM AIM HRIM KLIM CHAMUNDAYE VICHE (mantra chakra coração)

.: OM SRIM NAMAHA (mantra chakra plexo)

.: OM HRIM NAMAHA (mantra chakra alma)

.: OM AIM NAMAHA (mantra chakra base)

.: OM SANAT KUMARA AH HUM (mantra para força e coragem)

.: OM CHANDRAYA NAMAH ( mantra para tranqüilidade e clareza de raciocínio)

.: OM TARE TUTARE TURE SOHA (mantra Tara, que contém todos os 21 mantras Tara, harmonia, paz, amor, prosperidade, cura, proteção, etc.)

.: OM TARE TUTARE TURE DZAMBEH MOHEH DANA METI SHRI SOHA (mantra de Tara para a prosperidade)

.: OM BEMA TARE SENDARA HRI SARVA LOKA WASHUM KURU HO (mantra de Tara para evoluir)

.: OM TARE TUTARE TURE SARVA ATA SIDDHI SHIDDHI KURU SOHA (mantra de Tara para pedidos)

.: OM VAJRASATTVA HUM (mantra para purificar e esvaziar a mente)

.: OM SRI GANESHAYA NAMAH (mantra para proteção, prosperidade, desobstrução e qualquer pedido)

.: OM SRI KALIKAYA NAMAH (mantra transformador: Karma e auto limitações)

.: OM NAMAH SHIVAYA (mantra transformador: Karma e Auto limitações)

.: OM SRI MAHALAKSHMYAI NAMAH (mantra para a prosperidade)

.: OM SRI SARASWATTI NAMAH (mantra para pedir iluminação e desenvolvimento intelectual)

.: OM NARAYANAYA VIDMAHE VASUDEVAYA DHI MAHI TANNO VISHNU PRACHODAYA (mantra para proporcionar força, crescimento, bem estar espiritual, físico, mental e emocional.

.: OM HRIM BRAHMAYA NAMAH (mantra para elevar o estado de animo, para felicidade)

.: OM KLIM KRISHNAYA NAMAH (mantra para termos paz, coragem e poder)

.: AUM SOM SOMAYE NAMAH AUM (mantra para controlar nosso psiquismo, transmutar a energia solar em energia visual, magnética e protetora)

.: Mantras que canalizam a energia solar: renova: metabolismo, vigor físico, emocional e mental.


. OM BHUR BHUWAH SWAH


. TAT SAVITUR VARENYAM


. BHARGO DEVASYA DHIMAHI


. DHIYO YO NAH PRACHODAYAT


: AUM BRING HANSAH SURYAYE NAMAH AUM (mantra para purificação, iluminação, 
prosperidade e revitalizante)


.: HÃMURÃBI ÕM SHIKTË SANSALA PHRÃSHIVATA ( mantra para obter vitória )


.: OH HA HUM VAJRA GURU PADME SIDDHI HUM


.: OH AH MA RA NI JI VAN TI YE SVAHA


.: PÃLAYATI GRHA ARI OM ( mantra para proteger a casa dos inimigos )


.: PÃLAYATI GRHASTHA ARI OM ( mantra para proteger o dono da casa dos inimigos )


.: GATE GATE PARAGATE PARASANGATE BODHI SVAHA


.: TATYATA OM MUNI MUNI MAHA MUNI SHAKYAMUNIYE SVAHA


.: RAM YAM KAM (mantra para equilibrar as energias do ambiente)

.: ALMANAH MARE ÃLBEHA AREHAIL ( mantra para proteção )









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