Não são estas para qualquer um.
Os que leem sem sentir, nada entendem.
Os que sentem, correm o risco de feito as palavras
sangrar pelos poros desapercebidamente.
As frases aqui escritas, são de mãos que sabem
lamentar,
mas não lamentam.
Que sabem como é a dor da alma transpor o
suportável, vir-lhe demasiadamente a ponto de adoentar músculos, ossos e nervos...
Ainda assim, negar.
São escritas por uma mente que sabe, ainda que túrbida, dramatizar perfeitamente o oposto.
E ter sucesso.
Adormecer mais de dois dias num sono entranhado, onde ao despertar dos olhos, as lágrimas adiantam antes destes.
Então novamente adormece buscando a paz.
Que emite resplandecência no
olhar, onde sua única luz se encontra concentrada ali.
E nada mais.
Arraigado nela já cronicamente, um peso recai e a angústia clama que tudo termine, que
tudo se vá, que tudo lhe dê paz e trégua.
Trégua de quê? O que se vá?
Não sabe já há tempos...
Então o destilado destrói os neurônios, quem sabe sucinto
assim sejam os momentos.
Não! Logo desperta e mais um poema lhe nasce da
dor. Sempre assim...
Ama intensamente e deixam de amá-la.... Amam-na e
perde o desejo por esses...
Assim, jamais encontrando satisfação no amor.
Fala de amor e não o conhece.
Mas da dor dilacerante e visceral que a esmaga a ponto
de liquefazê-la, desse mal sabe muito, as mãos que escrevem essas palavras.
Sangue vertido todo tempo, dor alimentada toda noite, lágrima emergente, construindo letra a letra de cada palavra escrita, palavra que sangra os que sabem senti-las.
Ou então, que sequer serão conhecidas pelos que não absorveriam sua essência, caso sejam frágeis ou supostamente felizes demais.
Sangue vertido todo tempo, dor alimentada toda noite, lágrima emergente, construindo letra a letra de cada palavra escrita, palavra que sangra os que sabem senti-las.
Ou então, que sequer serão conhecidas pelos que não absorveriam sua essência, caso sejam frágeis ou supostamente felizes demais.