domingo, 17 de junho de 2012

O Pedaço do Poeta

Por um momento o poeta se foi... Talvez até tenho morrido de exaustão... Mas não está presente.
Precisa de um ombro que se foi, e que não estará mais ao seu lado, do olhar tão antigo e puro, que revelava a ingenuidade qual não se vê mais nos dias de hoje...
Precisa das palavras sempre repetidas e mansas, quais já ouvira, mas que daria tudo para poder ouvir novamente...
Deseja tanto sentir a mão tão envelhecida dos dias e anos, nas suas á acalmar qualquer tirania das ruas, ansiedade dos homens... Mas onde estará? Não está mais aqui...Nos sonhos,  o encontra, mas é tão infeliz ao abrir de olhos, e ver que foi apenas um sonho... Parece senti-lo ali, mas sabe, não mais está.
Que desalento, que dor que dança e rasga por dentro....Parece matar o poeta dia a dia, querendo levá-lo até onde foi seu tão amado amigo, companheiro de sentimentos e dores, de palavras que não precisavam ser ditas, apenas o olhar eram lidos... Isso jamais seria possivel de novo.
Uma alma só eram o poeta e seu companheiro... Mas metade dele se foi... E agora vive á vagar tão perdido, precisando de sua outra porção, despedaçado caminhando sangrando, e aos poucos enfraquecendo se encontra... perdendo-se á cada hora do dia...
O companheiro era o homem que o acolheu, que o ensinou, doou e renunciou á tudo, pelo poeta...Ele era seu pai...

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