segunda-feira, 14 de dezembro de 2015


NÉVOAS...


Religiosamente a Paz lhe vinha após o caos...
Flertava longínqua, dançando com o vento.
Trazendo aquele mantra decorado e prazeroso...
Assim era sempre o ciclo da dor.
Meses de névoa umbralina maciça a envolver ainda que viva, a carne nos dias de agora...
Após este inferno, a paz não menos real e palpável.
Pairando, vindo do Sul num movimento inexprimível.

 
E ao se apresentar diante dos olhos do corpo em trapos e resquícios de um ser...
A Paz estende-lhe sua névoa, esta aquece-lhe, faz dos trapos belas vestes e dos resquícios novo ser.
Respira tranquila a alma antes em estilhaços, para em breve - tem consciência - ser destruída de novo, como lhe está destinado ser.


























Escritora Tereza Reche

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