sábado, 5 de dezembro de 2015


SALVE-ME

As teclas estão confusas...
Mas passíveis de compreensão, revisões salvarão a transmissão da linguagem quando a sanidade voltar.
Necessário se faz escrever agora, são nessas horas que a mente expõe sua mais visceral bagagem de sentimentalismo.
Dor.. Música, ela está aqui, de fundo, lenta, suavemente fazendo-me companhia....
Os olhos pesam e se fecham esporadicamente me fazendo tecer um texto curto de tempo imprevisível.


O lapso vem e me vejo de repente diante a  tela novamente, sonhos... Sonhos expostos nela. São tantos que prefiro escolher os menos psicodélicos e desconcertantes.
Meu rosto se encontra amortecido, talvez pelo etanol socialmente tragado...
Ele é companheiro daquele que cria, assim como Bukowksi o dizia, mas parece que por fim em alguns instantes me encontro sã e as imagens são reais, teclas, o pálido da folha virgem e a ansiedade do ponto que me aguarda antes da digitação, como que dizendo, vamos, diga-me, tecla-me, inspira-me, traz-me a vida!


São tolos momentos, são tolos instantes de sanidade insana, sem sentido algum... Não há o que dizer, só risos salgados enquanto se tecla... Mas no mais infortúnio das entranhas da alma, um relutar intraduzível se manifesta querendo manifestar-se sem êxito. Como numa náusea miscigenada à ansiedade e pânico.
Mais ou menos isso, mas não é. O peso clavicular intensifica, a tristeza também aumenta, então decido cessar de "representar" que estou inspirada por hoje... Talvez esteja, mas a confusão etílica, feito um redemoinho colorido e entorpecido, me faça não saber ao certo. Então me reservo a manter-me no talvez... Enquanto prazerosas nuvens de bem estar pairam sobre mim, algo insiste em me buscar para o caos... "Salve-me" digo; nem mais grito com intensidade, é uma voz doce, calma e sem dramatização nenhuma. Afinal, resguardo hoje a energia que outrora gastei demasiadamente sem resultado algum.





























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