Estive pensando em mim de ontem para hoje, como sou inconstante...Como
sou volúvel, e ao mesmo tempo previsível e de certa forma de uma personalidade
imutável ao mesmo tempo...Não, não é contrastante o que eu disse...
Vejamos, já fui anarquista, me aquietei por vencida, revoltei-me com a
hipocrisia, e voltei á contestar com o mundo! Vencida de novo me calei, temendo
se punida pelos céus, mantive os pensamentos alinhados e um vulcão de ideias e
incertezas borbulhando na minha massa cinzenta... Revoltei-me novamente e disse
o que pensava, contestei através da escrita e não medi letras nem exclamações.
Fui irônica, fui incompreendida entretanto respirei aliviada... Mais uma vez me
escondi depois de um choque, num silêncio assombroso, me mantive assim e ainda
tento dele escapar...Mas sinto o perfume de uma estrada que me chama para mais
uma vez como todas as outras, dizer o que não gostam de ouvir, escrever o que
temem ler, e mostrar que de nada serve para aquele que sabe o que defende,
dizerem em deve crer ou fazer...Ou seja, melhor é que desistam de uma mente
assim!
Afinal, sequer estas compreendem á si mesmas, inconstantes, misteriosas,
fluidas demais... Ora possuidoras de uma imensa luz qual seria capaz de clarear
todas as outras que se aproximassem dela, ora sombrias perdidas de si mesma...
São mentes ricas e pobres, tomadas de uma bipolaridade constante, entre o que
desejam e o que precisam ser, pois o que são não podem revelar num mundo que
não as aceita, pois elas não o aceita também.
Inimiga do sistema invencível, relutante contra um ser maior que
eu...Como seria vitoriosa a ponto de sair ilesa? Então irei prosseguindo dessa
forma muito característica minha, ora me calando onde me reestabeleço e me
alimento de um silêncio oportuno, ora fortalecida, exclamando ainda de boca
cerrada, através da escrita, minha indignação que me corrói de forma esmagadora
dia a dia, enquanto neste mundo qual repugno, ainda vivo...Detalhe, "ainda
vivo...".
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