sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016



Vértex

Me encontrava num estagnado assombroso, no mais alto e tenebroso já alcançado!
Era como se as forças de cada articulação se encontrasse petrificada.
Hoje... Tão somente hoje...


Tentei a fisioterapia que me prometeu curar-me.
Levantei do leito, mas o primeiro passo me fez angustiar-me rapidamente.
Então, pude acalmar cada ansiedade de mudança e retornar para os lençóis silentes da cama.
As batidas do peito eram demasiadamente incomodativas, busquei silenciá-las, mas não pude.
Sentia falta de algo!


Necessitei esquecer-me de mim! Desejei amnésia retrógrada, experiência quase- morte, ou dissipar.
Feito a fumaça de uma neblina no breu ... Feito o som que passa e sequer é vislumbrado. 
Feito a chuva assombrosa e rápida, que leva tudo e todos consigo.
Feito essa náusea que sinto nas entranhas por saber, não possuo o que desejo possuir....


Não sou possuída como e quando desejo....
Não sabe acaso que mal entendidos entre a carne e a película da morte nos levam à loucura?
Não entendem, vós que são o desejo daquele que não lhes pode absorver...sorver...ter...?
Que mais doloroso é tê-los na mente, na pele e no mais profundo dos anseios, que diante de nós a derrotar-nos de uma só vez, trazendo-nos paz!





























Escritora Tereza Reche

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