NÃO HÁ SONHOS DE VELHICE PARA MIM
Não há sonhos de velhice para mim.
Não dou tempo ao destino a me cobrir...
Tenho em mãos contado os dias que hão de vir...
Decreto decidido, ai de mim...
Não há sonhos de velhice para mim...
A viagem me cansando vem há tempos...
E não temo nada mais a me atingir...
Eis que esqueço de dizeres pois de mim...
E focado miro os dias da incerteza...
Não há sonhos de velhice para mim...
Fui tão tolo e confiante certos dias...
Quais levaram a energia que houve em mim...
Decifrei os que ferem meu mistério...
Transparente é o desejo deste fim...
Sigo calmo até que eu venha decidir...
Se há sonhos de velhice para mim.
Nem rugas ou brancos fios hão de ter-me...
Pois a fuga me permito deste fim...
Com prazer inebriante me transbordo...
Pois não há sonhos de velhice para mim.
Mais depressa vou dela eu fugir...
Pois o plano desconhece que possuo...
Não há de me encontrar neste obscuro.
Manterei meu sorriso ainda puro...
Tão distante, rindo dela à descansar.
Pois eu digo, decreto e repito!
Não há sonhos de velhice para mim.
Escritora Tereza Reche
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