sábado, 20 de fevereiro de 2016






NÃO HÁ SONHOS DE VELHICE PARA MIM






Não há sonhos de velhice para mim.

Não dou tempo ao destino a me cobrir...

Tenho em mãos contado os dias que hão de vir...

Decreto decidido, ai de mim...

Não há sonhos de velhice para mim...

A viagem me cansando vem há tempos...

E não temo nada mais a me atingir...

Eis que esqueço de dizeres pois de mim...

E focado miro os dias da incerteza...

Não há sonhos de velhice para mim...

Fui tão tolo e confiante certos dias...

Quais levaram a energia que houve em mim...

Decifrei os que ferem meu mistério...

Transparente é o desejo deste fim...

Sigo calmo até que eu venha decidir...

Se há sonhos de velhice para mim.

Nem rugas ou brancos fios hão de ter-me...

Pois a fuga me permito deste fim...

Com prazer inebriante me transbordo...

Pois não há sonhos de velhice para mim.

Mais depressa vou dela eu fugir...

Pois o plano desconhece que possuo... 


Não há de me encontrar neste obscuro.

Manterei meu sorriso ainda puro...

Tão distante, rindo dela à descansar.

Pois eu digo, decreto e repito!

Não há sonhos de velhice para mim.





Escritora Tereza Reche









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