segunda-feira, 25 de janeiro de 2016



NORMOPATIA DO AMAR



Existem duas formas de amantes; os que amam e os que são amados. Não seria possível ser ambos, quem nisso crê decerto se engana facilmente ou, busca mentir a si mesmo. 
O limiar entre um e outro é o mais eternal abismo que se possa haver entre ambos onde, o que ama não percebe por amar e o que é amado por sê-lo. 
Essa discrepância se faz necessária para que haja o ciclo penoso da busca incessante do amar e ser amado. 
Não haveria movimento se o abismo fosse ultrapassado, não haveria gosto pelas conquistas ou, ainda, não haveria o que buscar. Seria unicamente e nada mais, tédio o Amor.

Mas ele não é.

Ele só mareia o estômago do lado de cá e silencia do lado de lá... Isso é fato e, sobretudo, normopático na medida certa. Sendo assim, concluo; Inferno é para os de cá, Éden para os de lá.



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