INSPIRAÇÕES

Como pode um louco autor de inúmeras histórias , contos e personagens, chorar pela manhã, rir á tarde e morrer na madrugada?

Estou sorrindo agora, ouvindo uma melodia daquelas que elevam os pulmões e os explodem em forma de pétalas de rosas maduras, prontas á serem colhidas...Já não há mais silêncio naquele que vê uma história inteira, do início ao fim, mesmo que sem fundamento, mas bela, sim muito bela!!

Sim, e por que não? Pense, seja ela, ou ele, idealizando seu grande e perfeito ser amado... sim, sabido estava que não viria tão perfeito assim, pois a perfeição não existia...Mas quando menos se esperava, lá estava ele, temeu pelo que viu, pois viu a imensidão do "perfeito".

Então, esse "ele, ou ela," pode sorrir, da forma que o autor sorriu, e pode caminhar passos do seu autor maior, confiando que terá o final mais belo, e mais divinal existente em todos os tempos, até o dia presente...O autor o promete.

O nome dessa louca viagem caro leitor? Inspiração...

Sim, ela, companheira nossa, das silentes escuras madrugadas, do tumultuado e amargo asco que nosso espírito sente vezes pela poluição sonora desses dias, pela bagunça da loucura moderna, e desvario de algumas agitações que ferem espíritos que necessitam do silêncio para sobreviver...

Acontece ao caminhar pelas ruas, enquanto se dirige uma sábia discussão, em sono profundo ou ao ser absorvido por um olhar distante.

Mas enfim, isso nos faz parar, nossa mente estagna, nada é o que parece ser, o mundo nos vê, mas não mais vemos o mundo, já não mais estamos aqui...Já fomos daqui, para talvez um mundo do século XVI, ou ainda muito mais além desse atual...Pode mesmo estarmos há apenas alguns anos atrás, ou á frente, mas certamente, não aqui.

O autor, de certo é muito mais que um tele transportado, sim, bem ciente, mas muito mais viajante que qualquer outro mochileiro, tripulante ou astronauta...estes viajam neste mundo, os autores, mundos criados por eles mesmos, quando e quantos desejarem...Esse fascínio envolve a alma, o corpo e a mente, tomando espaço da vida presente, ocupando as vezes tanta porção, que se torna maior que o próprio autor em sua estadia no ato da criação.