terça-feira, 22 de maio de 2012

Fuga

Hoje pude perceber o quanto uma pessoa que ama se torna frágil. Se desvia das mais sérias tarefas diárias, se cala para a vida que grita lá fora, caminha ao lado de músicas que somente ela pode ouvir.
Melodias de amor, de dor...Uma dor só dela, seu olhar ou se encontra elevado ás nuvens, ou inclinado aos pés...Entretanto não vê nem um nem outro, mas apenas as imagens que seu cérebro consegue restituir de talvez um passado distante, talvez nem tanto...
Ouvi dizer que houve um amor platônico outrora impossivel, entretanto possivel em meu ver...Mas impossivel para a vida. Redundante?Não...Complicado...Uma mulher livre, de alma limpa e friamente livre, pensava jamais se aquecer nas besteiras e tolices da paixão desvairada que já vencera havia tempo. Poderiam tentá-la de qualquer maneira, estava ela imunizada da cabeça aos pés...Mas houve um dia, maldito dia achava ela...Bendito dia, acho eu...Que seu coração se encheu de sangue mais que nunca, e bateu numa carga de adrenalina fora do comum, seu sentimento não foi ofegante ou de desvairio como temia ser...Mas isso lhe trouxe uma paz, e uma certeza como que divina, de que aquele ser em sua frente, naquela humildade tão atípica e doçura jamais encontrada até os dias de hoje era alguém pelo qual não conseguiria fugir.
Então decidiu naquele instante: Fugir imediatamente, antes que fosse tarde demais...Tola, perdeu seu tempo, mas fugiu. Hoje sei, que sua fuga lhe trouxe amargura e ressecou-lhe o coração, que tanto se alegrava naqueles poucos segundos, e nos dias de hoje vem morrendo lentamente por ter fugido daquele que nada mais nada menos "amou"...
Amor de um minuto?Não, digo-lhe de um instante, amor não é mensurado, não é pesado, tocado ou analisado, amor é sentido, seja em uma vida, seja em um segundo.

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