quarta-feira, 9 de setembro de 2015


DOR




A solidão que possuo é só minha, assim como a sua justificadamente a seja. Minhas dores, personalizadas. As suas também decerto as são.  Não denomino a minha maior, tampouco a sua desprezível então. Cada um, mesmo que não mensure a do próximo, decifra aquela que sente. Portanto para que, e de onde vem os achismos de sempre, tentando decifrar dores que nossas não são? O que chamamos de julgamento em vão, talvez nem seja bem isso.
Sejam as almas em ebulição, tentando entender a dor que as possuem, achando que ao compreender a do outro, as suas entendam também... E assim vão essas carnes, quais almas doloridas escondem, brincando com palavras, máscaras e falsos sorrisos. Não o fazem por serem contrárias, mas simplesmente para sublimizarem aquilo que lhes causam como em mim, tamanha dor. 



























Escritora Tereza Reche

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