quinta-feira, 26 de novembro de 2015






Acordou em dúvida...

Confuso...
Tocava as mãos frias, observando-as fixamente.
Permaneceu por alguns segundos nela.
Sentiu um vácuo tão intenso na área do peito,
que o levou a questionar se ainda vivia...
O tempo parou, desejou aquilo.
Ainda numa imprecisão de todos os sentidos, sentiu carência.
Olhou ao redor e não viu, não viu nada! Só um cinza fosco, nenhuma luz sequer.
Cerrou os olhos, mas parecia ter perdido as pálpebras, pois o cinza que lhe cobria continuava ali.
Temeu... Então desprendeu as mãos e percorreu dos pulsos ao ombro, gélido como nunca sentira nada!
Um vazio... Um vazio triste e imenso, segundo a segundo o dissipava com precisão e delicadeza. 
Não era ruim, não era bom, apenas era. 
Desejou continuar assim, acabando-se, terminando-se, findando-se. 
Tornou-se um prazer desmanchar-se devagar, calma e pacificamente naquela dúvida...
Naquela incerteza de ser, estar ou não mais ali...

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